Você consegue imaginar uma aula de química dentro de um tribunal? Foi neste contexto que o professor Romero Gomes ensinou aos alunos de nono ano sobre agrotóxicos e transgênicos. Aderente à proposta pedagógica da Escola, a aula convida à transversalidade como forma de eficientizar o aprendizado e ainda ampliar conexões cognitivas entre diferentes saberes.
O professor apresentou para os alunos o caso onde uma ação foi impetrada por um cidadão que pedia indenização pelo tratamento de leucemia da filha com alegação de consumo de transgênicos.
A turma foi dividida em três grandes grupos compostos pela promotoria, pela defesa e pelo júri, que teve que decidir sobre o caso de uma menina com leucemia que acusava os produtores de soja transgênica pelo agravamento da sua doença e reembolso dos valores pagos pelo tratamento.
Além da pesquisa sobre os temas da disciplina de química - para a construção das argumentações de acusação e defesa, o projeto ainda envolveu os alunos no conhecimento das leis e códigos jurídicos que envolvem a produção e regulamentação de alimentos transgênicos e o uso de agrotóxicos nas lavouras.
No final, o júri decidiu pela inocência do réu, sob alegação de que o problema foi causado pelos agrotóxicos e não pela transgenia. Entretanto, o réu foi acusado de omissão. A defesa vai entrar com recurso.
“A turma aprendeu muito e ficou extremamente mobilizada com o projeto. O trabalho foi muito além das questões referentes a conteúdos acadêmicos. Conversamos sobre o quão desafiador é o papel da justiça”, disse o professor Romero Gomes.
O projeto teve apoio dos professores Luiz Ferrua e Marileia Pires. Coordenação Thereza Coutinho.
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